segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

HISTÓRIA - SANTA CRUZ DA BAIXA VERDE


A partir de hoje contaremos resumidamente a història das cidades do nosso Pajeú, uma por uma. Começaremos então por uma das caçulas, Santa Cruz da Baixa Verde


Santa Cruz da Baixa Verde é um município do estado de Pernambuco. O município é composto pelo distrito sede e pela Vila de Jatiúca e sítios circunvizinhos.

Historiadores mencionam que o Padre Ibiapina, em suas andanças pelo interior do Nordeste, estivera na localidade no final do século XIX, onde pregou missões na antiga “Fazenda Brocotó”, e lá ergueu um cruzeiro o qual tem origem o seu primeiro nome: Santa Cruz.Com o passar do tempo, por estar situada entre serras, em uma planície "baixa e verde", localizada em cima da “Serra da Baixa Verde”, o lugar passou a denominar-se de “SANTA CRUZ DA BAIXA VERDE.
Segundo registros do IBGE, a cidade passou por diversas denominações. Relacionaremos aqui, as alterações que a “Capital da Rapadura” sofreu em seu nome até ser legalmente reconhecida como “Santa Cruz da Baixa Verde”.
1º DENOMINAÇÃO - Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, figura no município de Triunfo o distrito de “SANTA CRUZ”.
2º DENOMINAÇÃO - No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Santa Cruz permanece em Triunfo, com a denominação de “BAIXA VERDE”.
3º DENOMINAÇÃO - Pelo Decreto-lei Estadual n° 952, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Baixa Verde passou a denominar-se “BROCOTÓ”, 2° distrito e sede de vila do município de Triunfo.
4º DENOMINAÇÃO - A Lei Estadual n° 1.795, de 17 de dezembro de 1953, mudou a denominação de Brocotó para “SANTA CRUZ DA BAIXA VERDE”.
Em 20 de dezembro de 1963 a Lei Estadual n° 4.973 elevou o distrito à categoria de município e sua sede à de cidade.
Pelo acórdão do Tribunal de Justiça, mandado de segurança n° 56.949, de 31 de julho de 1964, o município de Santa Cruz da Baixa Verde foi extinto, sendo seu território reanexado ao município de Triunfo.
A Lei Estadual n° 10.620, de 1° de outubro de 1991, criou novamente o município, com a mesma denominação, desmembrado de Triunfo. Foi instalado em 1° de janeiro de 1993.

MACIEL MELO

Nascido em Iguaraci, no sertão pernambucano, filho de Mestre Louro, músico e consertador de foles de oito baixo, Maciel Melo, aos 16 anos, mudou-se para Petrolina, onde morou durante 16 anos. Em 1986, influenciado pelo som catingueiro de Elomar, Vital Farias, Xangai, Dominguinhos mergulha na música, incorporando a ela toda bagagem que trouxe da pequena Iguaraci. Estreou em disco, no ano seguinte, com um LP,Desafio das léguas,no qual ratificava seu talento de letrista e melodista,mas também escancarava as influências dos artistas citados (Vital Farias, Xangai e Décio Marques participam do disco). O Quinteto Violado foi o primeiro grande nome da música nordestina a gravar Maciel Melo, uma música chamada Erva-doce,em 1985. Depois do namoro com os sons da caatinga, Maciel Melo descobriu sua vocação de forrozeiro, e provavelmente o mais talentoso e autêntico desde José Marcolino. Em 1992, ele estava com dois grandes sucessos radiofônicos,Que nem vem-vem, na voz de Elba Ramalho, e Caboclo Sonhador,com Flávio José, depois gravado também por Fagner.Aí ele já se sacramentara como um dos grandes nomes da música nordestina,continuamente gravado por diversos intérpretes,de Irah Caldeira, a Xangai ou Alcymar Monteiro. Mas sem se descuidar de sua própria carreira de cantor, lançando discos praticamente todo ano.






Caboclo Sonhador

Sou um caboclo sonhador 
Meu senhor, viu?
Não queira mudar meu verso
Se é assim não tem conversa
E meu regresso para o brejo
Diminui a minha reza.
Um coração tão sertanejo
Vejam como anda plangente o meu olhar
Mergulhado nos becos do meu passado
Perdido na imensidão desse lugar
Ao lembrar-me das bravuras de Nenem
Perguntar-me a todo instante por Baía
Mega e Quinha como vão? tá tudo bem?
Meu canto é tanto quanto canta o sabiá
Sou devoto de Padim Ciço Romão
Sou tiete do nosso Rei do Cangaço
E em meu regaço fulminado em pensamentos
Em meu rebento sedento eu quero chegar
Deixem que eu cante cantigas de ninar
Abram alas para um novo cantador
Deixem meu verso passar na avenida
Num forrofiádo tão da bexiga de bom.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

PETRUCIO AMORIM - O POETA DO FORRÓ

Primeiros sons e palavras
Petrúcio Antônio de Amorim, nasceu em Caruaru-PE, no bairro do Vassoural. Intuitivamente, aos nove anos de idade juntava sons e palavras e fazia suas primeiras canções. Com doze anos já sonhava tocar suas músicas nas emissoras locais.
O mundo é grande e o destino o espera
A devoção musical veio mesmo quando começou a participar dos festivais estudantis. Em 1979 participou do Segundo Encontro Latino Americano de Folclore, realizado na Sala de Cultura Luiza Maciel, em Caruaru. Petrúcio concorre com três musicas, com as quais vence o festival. Os prêmios foram entregues por Luiz Gonzaga (o Rei do Baião). A partir desta data tudo mudou quanto ao incentivo e elogios constantemente dados somente por amigos e admiradores. Sua primeira música gravada por Azulão (Confissão de um Nordestino), era o início da realização de um sonho.
Vôos do Menino do Vassoural
Em 1981, O Poeta Petrúcio conhece Jorge de Altinho que também começava sua carreira de intérprete e assinou duas músicas (Disfarce e Confidências).
Em 1983 mais outros sucessos embalam a música nordestina: Devagar ("Devagar que o santo é de barro...") e Lembranças ("era um tombo só feito o balanço do mar..."), também com Jorge de Altinho. As duas canções despertaram em Petrúcio Amorim o desejo de gravar um disco.No ano seguinte, recebe um convite da Gravadora Polygram, do qual resultou o seu primeiro LP, com o título *Doce Pecado*, um trabalho cheio de inovações, com várias fusões musicais, misturando Rock com Xote, Afoxé com Baião, Toadas e Galopes com poesias carregadas de metáforas.
Em 1986 mais um trabalho é lançado, cujo titulo Forró, Frevo e Alegria leva Petrúcio a assumir sua carreira de intérprete, cantando e fazendo shows pelas cidades do interior Pernambucano. Mas o gosto pelas composições não parou. O ritmo do poeta segue, com o mesmo entusiasmo do menino do vassoural. Petrúcio compõe grandes sucessos com Novinho da Paraíba, dentre eles "Estrela Cadente" em 1987 e "Nem olhou pra mim" um ano mais tarde, que se tornaria sucesso em todo o Nordeste com Alcymar Monteiro.
Daí em diante o sucesso já era notável, foram muitos outros discos, vários sucessos, com diversas regravações, vários festivais, como o Canta Nordeste, várias parcerias como Cristina Amaral, Maciel Melo, Jorge de altinho, o próprio Alcymar Monteiro, entre outros.
Em 1994 seu último LP, recheado de novas músicas e de canções que marcaram épocas. A obra eterniza o nome do compositor com "Meu Munguzá".
O primeiro CD chega em 1995, com o título de Petrúcio Amorim 15 anos de Forró, contendo participações de alguns artistas da mídia pernambucana como Cristina Amaral, Leonardo e Maciel Melo. "Meu cenário" é uma das músicas do trabalho, que lhe renderia mais de 40 regravações. No mesmo ano Flávio José estoura com "Meu Munguzá" que virou "Tareco e Mariola.
Vários sucessos vieram a seguir e até hoje esse poeta nos encanta, tamanha sua versatilidade e talento.
OS MAIORES INTÉRPRETES: Dominguinhos, Falamansa, Jorge de Altinho, Marinês, Trio Nordestino, Azulão, Alcymar Monteiro, Novinho da Paraiba, Cristina Amaral, Augusto César, Assisão, Leonardo, Elson, Flávio José, Leci Brandão, Fafá de Belém, José Augusto, Razão Brasileira, Elba Ramalho, Zé Ramalho e Chiclete Com Banana.
Conteúdo extraído do site petrucioamorim.com
Cada link corresponde a uma letra, veja algumas: